O calor da sua língua
vai me matando à míngua
me queimando quando
sorrateiramente
infiltra meu âmago
tão profundamente
Arrepiando a minha pele
me ame e me fragele
me devorando inteira
fico louca e fico à beira
da demência que expele
o sumo da minha videira
Como que em abdução
fico em convalescença
sua pretensa sedução
abranda meus caprichos
seu forte e ávido toque
seus gemidos e cochichos
Me provoque e me coloque
a beber de sua nascente
fonte rica e conducente
gozo perene e duradouro
que mana incessantemente
relíquias do seu tesouro!
CléiaFialho
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