Abrirei as minhas pernas
Do teu quadril farei meu assento
Vou dar-te meu refúgio
Enquanto eu grito em tormento
Sou devassa e insana
Vou dar-me de maneira profana
Sedenta e imoral
Consanguíneo sensual
Quero dividir minha dor
Que tortura e me cansa
Expelir lavas de calor
Acavalar-me possante em tua lança
Que conduz ao orgasmo demente
Esgarra a chula eloquência,
Infiltra minha pele tremente
Pressente a acedência
Decompõe fátua buliçosa
Amarra e acorrenta os garrotes
Sôfrega xotinha vinosa
Açoita doces chicotes
Passa, repassa e empurra
Castiga gostosa surra
Volvido âmago prazer alcançado
Anca solavanca, néscia bravura
Corpóreo profuso gozado
Robusto exaltar sossegado!
Cléia Fialho
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