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Pimenta doce
Pimenta doce

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Fazia bem uns dois anos que eles não se viam mais. Um tempo que, para ele, numas vezes, parecia bem distante, como se aquelas lembranças fossem de outra vida. Noutros momentos, no entanto, experimentava a sensação de que o elo entre os dois se rompera há pouco, muito pouco tempo. Era quando ele se sentia como se ela mal tivesse acabado de sair, pela porta do apartamento, do jeito que se fora um dia, sem despedir-se e sem olhar para trás. Mas mexendo os quadris e jogando os cabelos loiros, de um lado para o outro, de um jeito que só ela sabia fazer, da forma como ele gostava.
         A primeira lembrança que guardava daquela mulher, era a de suas pernas brancas e panturrilhas bem delineadas, que ele flagrou entreabertas, no dia em que a conhecera, dentro de uma loja de produtos naturais. Ela usava uma saia com aquele corte lateral e, na posição em que se encontrava, procurando algo numa das prateleiras mais baixas, deixava vê-las um tanto acima dos joelhos. Foi naquele momento que o desejo dele por ela brotou instantaneamente.
         Puxaram uma conversa meio forçada sobre alguns produtos e os seus sabores. Ele lhe sugeriu que experimentasse uma pimenta doce, que ela ainda não conhecia. Trocaram mais algumas frases e, depois, o assunto entre os dois se esvaiu por falta de consistência. Sem atinar com o que mais pudesse dizer, ele pagou pelo que comprara e caminhou na direção do estacionamento. Ela, contudo, ousou ser mais óbvia: foi atrás dele e, antes que desse a partida no carro, pretextou uma coisa qualquer para pedir-lhe o número do telefone. Sendo este o atalho pelo qual suas vidas se cruzaram.
         A partir de então, houve um relacionamento meio confuso, de agonia e êxtase, repleto de acertos e desacertos, num “vai e volta” sem fim. Teve de tudo: longas conversas como amigos, confidências recíprocas sobre o passado, crises de ciúme, prazer com intensidade e o afloramento dos fetiches, de um e de outro. Até que um dia, no final de uma briga, ele deu umas palmadas nela.
         Não foi de surpresa e nem contra a vontade. Ele apenas lhe disse, como se fosse uma coisa natural, o que iria fazer. E ela, sem protestar contra aquilo ou esboçar qualquer reação, deitou-se de bruços sobre o colo dele. Com a roupa de cima levantada e a de baixo arriada até os joelhos, ela esperou pelo castigo, que veio, mas não foi prolongado. Mesmo assim, ao final das palmadas, a pele dela, muito branca, estava desenhada em vermelho, com as marcas da mão.
         Depois, ela chorou muito. Não de revolta, nem de ofensa, mas um choro sentido, meio de criança, como se aquilo houvesse aberto uma passagem para fluírem as suas emoções reprimidas e ela chorasse, não pelas palmadas, mas por tudo o que, antes, trazia de dor na vida. Ele compreendeu e a aconchegou, deixando que o choro terminasse, apenas quando tivesse de terminar. E quando as lágrimas se acabaram, o que era um sentimento de ternura tomou a forma de excitação e eles fizeram amor, como preferem dizer as mulheres... Fizeram sexo, como costumam dizer os homens, mas tão prazeroso e tão intenso, como poucas vezes, haviam experimentado antes.
         Tão bom e tão intenso, que aquilo voltou a se repetir noutras ocasiões, sob diferentes desculpas, sempre com um final de prazer, depois que se abraçavam e ele a consolava pelas palmadas que lhe dera. Passou a ser um fetiche entre eles: um excitante jogo de sado-masoquismo — porém brando, é verdade — que nunca ia além das palmadas suportadas com perceptível prazer, na expectativa do que viria em seguida.
          Havia certa dose de devassidão nas coisas que os atraíam e estimulavam mutuamente. E, nisto, tinham uma completa afinidade. Mas padeciam de uma incompatibilidade crônica, em relação a uma série de outras coisas: de convicções, de valores, assim como quanto aos projetos de vida e de futuro. O que fez com que, certo dia, a propósito de uma questiúncula, envolvendo o passado dele, tenham tido um desentendimento mais sério. Ela falou o que não devia e ele calou sobre o que deveria ter falado. Abriu-se aquele abismo instransponível entre um e outro e, quando ele se deu conta, ela já caminhava em direção ao elevador, sem nem mesmo olhar prá trás.
         Por este motivo, surpreendeu-se ao vê-la ali — recostada no gradil daquele restaurante, bem diante da praia e tendo ao fundo um mar muito azul — sorrindo para ele, quando se aproximou. E como se nada houvesse acontecido e nem o tempo houvesse passado, eles se deram um longo abraço e se beijaram depois, como se ainda fossem dois namorados, chegando de longa distância.
         Mais tarde — depois um tempo que não saberia precisar — estavam, novamente, deitados no quarto e na cama dele. Na mesma cama e, como de costume, apenas com a claridade do quebra luz. Foi então que ele se lembrou do quanto ela era primorosa para certas coisas, quando fazia amor com um homem. Suas mãos eram de seda e sua boca macia, como forrada de veludo. Sua língua era inquieta e se movia com a agilidade de um azougue, exceto quando ela queria impedir um final precipitado e prolongar o prazer.
         Aí, estancava os movimentos ritmados da cabeça, olhava para ele com uma expressão safada, com que as mulheres gostam de instigar os seus homens nos momentos da intimidade, dizendo, depois de alguns instantes, algo simples e direto, mais ou menos como:
         — Ainda não...
         Deixava arrefecerem os ânimos dele, para, em seguida, tomá-lo na boca outra vez, em busca daquela curva ascendente da excitação. E isto se repetiu por tantas vezes, que, quando viram, o tempo havia passado, o sol já se pusera e o dia já se fora. Foi quando ela o levou àquele ponto sem retorno, ao topo da montanha, onde explode o gozo e jorra o prazer, de uma maneira incontrolável.
         Depois, como sempre acontecia — ao contrário do que ocorre com a maioria das mulheres, que se aborrece com a sonolência masculina — ela se acomodou ao lado dele e, abraçados, dormitaram o sono do prazer saciado. Não sabe por quanto tempo dormiu, mas, ao acordar, percebeu que ela não estava mais ao seu lado. Ainda sonolento, chegou a dizer o seu nome, para, só então, dar-se conta de que aquele encontro não havia realmente acontecido.
           Já desperto, ficou tentando lembrar-se dos detalhes daquele sonho, em razão do que seus pensamentos vagaram, novamente, até aquele corpo branco, as pernas com panturrilhas bem delineadas, aquele movimento dos quadris e o meneio dos seus cabelos loiros, quando movimentava a cabeça.
           E, uma vez mais, sentiu saudade do gosto daquela “pimenta doce”...

 

 

 

 

 

Autoria: umestreescola

 

 

 

 

 

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